A execução fiscal é um tema que causa apreensão em muitas empresas. Compreender seus mecanismos, prazos e etapas é fundamental para garantir a defesa eficaz dos seus direitos. Neste guia, abordaremos os principais aspectos da execução fiscal, desde sua natureza jurídica até as principais falhas que podem comprometer a defesa da empresa.
Natureza Jurídica da Execução Fiscal
A execução fiscal é um procedimento judicial que visa a cobrança de créditos de natureza tributária ou não tributária devidos à Fazenda Pública. A Lei de Execução Fiscal (LEF), Lei nº 6.830/80, rege o rito e os prazos desse procedimento.
Etapas da Execução Fiscal
A execução fiscal pode ser dividida em cinco etapas principais:
- Ajuizamento da Execução: A Fazenda Pública ajuíza a execução fiscal com a apresentação da petição inicial, instruída com o título executivo judicial ou extrajudicial.
- Citação do Devedor: O devedor é citado para pagar o débito em 5 dias, podendo apresentar embargos à execução no mesmo prazo.
- Impugnação: O devedor pode impugnar o valor da execução, a penhora ou a própria execução.
- Liquidação da Execução: O juiz determina o valor exato da dívida, incluindo juros e correção monetária.
- Fase de Execução: Constrição de bens como garantia do pagamento da dívida, como penhora, arresto e expropriação.
Dívidas que Podem Levar à Execução Fiscal
Diversos tipos de dívidas podem levar à execução fiscal, incluindo:
- Tributos: Impostos, taxas, contribuições de melhoria e outros tributos.
- Multas: Multas fiscais, multas por infrações à legislação trabalhista, etc.
- Outras Dívidas: Dívidas de natureza não tributária, como débitos com a Previdência Social.
Principais Erros que as Empresas Cometem
Alguns erros comuns podem comprometer a defesa da empresa na execução fiscal:
- Ignorar a citação: O devedor que ignora a citação pode ter seus bens penhorados sem a oportunidade de apresentar defesa.
- Não apresentar embargos à execução: Os embargos à execução são a oportunidade do devedor questionar o débito ou a forma de cobrança.
- Não buscar orientação jurídica especializada: A assessoria de um advogado tributarista é fundamental para garantir a defesa eficaz da empresa.
Atualidades em Execução Fiscal
1. Parcelamento de Dívidas Fiscais: O Governo Federal lançou o Programa de Regularização de Débitos (PRR), que oferece condições especiais para o parcelamento de dívidas fiscais, entretanto precisa estar de acordo com as regras.
2. Mudanças na LEF: A Lei de Execução Fiscal foi recentemente alterada pela Lei nº 14.375/2022. As principais mudanças incluem a digitalização do processo e a criação do Cadastro Nacional de Devedores de Tributos e Contribuições Federais (CADIN).
3. Jurisprudência Favorável aos Contribuintes: Os tribunais superiores têm proferido decisões favoráveis aos contribuintes em diversos temas relacionados à execução fiscal, como a impenhorabilidade de bens essenciais e a necessidade de intimação do devedor antes da penhora.
Conclusão
Dominar os mecanismos da execução fiscal é crucial para que empresas se defendam com eficiência e segurança. Afinal, navegar por esse processo complexo sem o devido preparo pode gerar riscos e perdas significativas.
Um advogado experiente pode auxiliar na identificação e mitigação de riscos, evitando erros que podem comprometer a defesa da empresa, pois, profissional especializado possui o conhecimento técnico e prático para conduzir a defesa da empresa de forma eficaz e estratégica.
Contar com o suporte proporciona tranquilidade e segurança à empresa durante todo o processo de execução fiscal.
A importância da assessoria especializada e diante da complexidade da legislação e dos desafios inerentes à execução fiscal, contar com o suporte de um advogado tributarista especializado é essencial então para garantir a correta aplicação da lei e a defesa dos direitos da empresa.
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